Elas são verdadeiras apreciadoras. Conheça 4 mulheres apaixonadas por cerveja

Foi-se, e há muito, o tempo em que cerveja era coisa de homem. Porém, é provável que alguém ainda pense que isso é apenas para o público masculino. Convenhamos: é um pensamento mais que ultrapassado, assim como são outros entendimentos inconcebíveis que ainda existem. Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Nem tudo evolui no mesmo ritmo. Mas, isso é o que menos importa. O que tem relevância mesmo é que cerveja é coisa para mulher, sim! Elas não só apreciam, como também buscam conhecimento e formação na área e fazem as próprias produções, como profissão ou hobby. E se engana redondamente quem acha que as cervejas para elas têm de ter características específicas, como menos graduação alcoólica ou sabores e aromas que não sejam tão intensos. Nada disso. A mulherada encara qualquer parada.

Larissa Bunese Juk, de Florianópolis, é beersommelier de formação desde 2016. Ela trabalha como supervisora Hop Team da Ambev, responsável por treinamentos cervejeiros em todo o estado. Larissa conta que, como sempre gostou de cerveja, ficou interessada pelas artesanais quando elas começaram a dar às caras na cidade, em 2005. O consumo era esporádico até 2007, quando se mudou para a Europa, onde morou por um ano. "Aí foi um caminho sem volta. Cada vez consumia mais artesanais que não eram nada tradicionais", diz. Em 2010 ela fez um workshop sobre produção caseira e começou a fazer parte das cervejas que consumia. Degustar uma cerveja é algo de todo dia. Para a rotina os estilos preferidos são sour, lambic e IPA. Larissa também aprecia, e muito, a complexidade de cervejas imperial stout, doppelbock e barleywine. "As mulheres ficaram muito tempo afastadas do mercado cervejeiro por questões sociais. Houve uma época em que cerveja era sinônimo de homens no boteco da esquina, lugar que era considerado impróprio para mulheres. Isso vem mudando e estamos conquistando nosso espaço, tanto no mercado de trabalho quanto como consumidoras", afirma. Larissa é contra qualquer forma de dividir público masculino e feminino:  "não deve existir 'cerveja para mulher'. A questão é o paladar individual e o quanto cada pessoa se acostuma aos sabores diferentes. Sou fã de cervejas amargas, ácidas, alcoólicas, complexas e de sabores bem intensos. Com certeza estamos rumando para uma igualdade nesse mercado".

Morena Teixeira, de Blumenau, é apreciadora de artesanais há 5 ou 6 anos. Até então costumava beber pilsen e weiss. Na primeira ida ao Festival Brasileiro da Cerveja descobriu novos estilos, que passaram a fazer parte das degustações. Semanalmente degusta cervejas harmonizadas com pratos típicos da cultura alemã. Apesar da disposição em sempre experimentar receitas diferentes, Morena tem um estilo preferido que deixa todos os outros para trás: é o IPA. "Mulher tem tudo a ver com cervejas, assim como tem com qualquer coisa que goste e esteja disposta a fazer. Tendo disposição para beber boas cervejas, só é preciso moderação. Mulheres são ótima degustadoras, com certeza", garante.

 

 

Faz cerca de 3 anos que Adriana Fassbinder Dessuy, de São Miguel do Oeste, experimentou uma artesanal pela primeira vez. "Foi amor ao primeiro gole", ela conta. De acordo com Adriana, o contato aconteceu pela curiosidade de conhecer algo novo e inusitado. Segundo ela, o interesse pelas cervejas especiais tem relação com a grande variedade de produtos e com o processo de produção, sempre peculiar e cuidadoso. Adriana não passa uma semana sem uma boa degustação para acompanhar os pratos que ela cozinha em casa. Entre as preferidas estão a Baden Baden Gold e a Bierbaum Lager. Apesar de não concordar, ela admite que ainda há um rótulo forte de que degustação de bebidas é para homens, principalmente cerveja. "Para mim, paladar não tem gênero", enfatiza.

Foi em 2014 que Jaíne Henz Krein, de Itapiranga, experimentou a primeira cerveja especial. Era uma IPA, que ganhou de uma amigo. "Confesso que curti mais o rótulo que a própria cerveja porque ela era muito amarga (risos)". Na experiência seguinte, também com uma IPA, o amargor do estilo já era bem mais atrativo. Depois disso passou a consumir só artesanais. Jaíne faz degustações de duas a quatro vezes por mês seguindo a máxima do "beba menos, mas beba melhor". Os estilos dos quais ela mais gosta são Indian Pale Ale, APA e Vienna. Para Jaíne, a geração de mulheres que consomem cerveja atualmente curte produtos de qualidade. "Cerveja é a bebida perfeita para ser apreciada com amigos, vendo um programa de TV e em todos os bons momentos", diz.

A paixão pela cerveja não é a única coisa em comum entre essas quatro mulheres que você acaba de conhecer. Elas têm convicção que a presença do público feminino no meio cervejeiro é algo mais que consolidado e acreditam que é uma realidade em franco desenvolvimento. E é exatamente esse o pensamento que nós, da Bavihaus, temos. Não pode haver divisões, barreiras ou qualquer distinção de público baseada em gênero. Todo mundo merece aproveitar o prazer da degustação de uma boa cerveja. E aí mulherada, "bora" tomar uma? #Bavihaus a sua casa da cerveja em #SMOeste, #Itapiranga e #Blumenau!

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